sábado, 29 de junho de 2013

As sete Trombetas




Uma vez sentei-me a procura de minha consciência, talvez de uma palavra magica que pudesse tocar a minha alma para quietar-me , então comecei a refletir sobre o verbo. Todo mago deve saber que o verbo é algo muito importante, pois só o foi dado ao homem e aos seres celestiais  e o próprio Deus.
 Os animais tem a voz, porém não tem o domínio do verbo, pois vivem por seus instintos e não pela razão, já o ser humano tem o verbo como uma força transformadora e o ato de pensar e filosofar, assim o elevando ao status de animal a um ser com intelecto, de acordo com a filosofia tibetana a alma está presente em todos os seres vivos e por isso passa por varias fases de evolução até poder reencarnar como um ser humano.


O ser humano tem o dom da palavra e a mesma tem muito poder, os encantamentos e maldições tem enorme força, pois a palavra dita pode canalizar e direcionar fluxos de energia que podem influenciar positiva ou negativamente as pessoas. Em muitas religiões e sociedades filosóficas se baseiam na perda de uma palavra sagrada, talvez o nome inefável de deus ou o significado das coisas.
A procura da palavra secreta se trona a busca do mago, do cristão, do maçom e talvez do ser humano, mais que palavra poderia transformar o mundo, porque estaria perdida tal palavra? É uma grande pergunta, o que sabemos é que na falta da palavra sagrada foram implantadas a moral  e as leis . a palavra sagrada é dita por muitas pessoas a todo o dia , porém muito pouco vivenciada, a palavra perdida é o amor verdadeiro.
Amar de verdade não é dar esmolas, nem aceitar os erros dos outros, nem se enclausurar em um templo ou igreja, amar de verdade é se preocupar com as outras pessoas, é o amor impessoal. Porém não cabe a ninguém te falar isto, devemos mostrar tal crescimento por nossas obras, pois muitos foram convidados, porém poucos serão aceitos.


Seremos nós como sementes de flores ao vento, levados para áreas distantes para germinar, nascer, crescer e florescer, pois todos nós somos a boa nova  no desenvolver de uma nova vida. O escaravelho na cultura egípcia era o símbolo do amor, pois o Macho viajava quilômetros em linha reta para  encontrar a companheira, daí simbolizava o amor por isso em muitas múmias eram colocados no lugar de seu coração, para assim servir de guia para a travessia  do reino dos vivos para o paraíso dos mortos.

Arievilo Asobrab

terça-feira, 25 de junho de 2013

Imbolc ou Candlemas




Imbolc vem para confirmar Yule. A Deusa retorna ao seu povo em Imbolc, novamente virgem, trazendo com ela novas esperanças, nova promessa de vida. O Deus agora já não é mais uma criança, e agora se apresenta como um belo jovem, que com o passar dos dias se fortifica. Em Imbolc devemos nos livrar de tudo o que é velho e desgastado para darmos lugar ao novo. É comemorado a 1 de agosto no Sul e 02 de Fevereiro no Norte.

Este Sabá é dedicado à Deusa Brigit, Senhora da Poesia, da Inspiração, da Cura, da Escrita, da Metalurgia, das Artes marciais e do Fogo. Nesta noite, as Bruxas colocam velas cor de laranja ao redor do círculo, e uma vela acesa dentro do Caldeirão. Se o ritual é feito ao ar livre, pode-se fazer tochas e girar ao redor do círculo com elas. A Bruxa mais jovem da Assembléia pode representar Brigit, entrando por último no círculo para acender, com sua tocha, a vela do caldeirão, ou a fogueira, se o ritual for ao ar livre, o que representaria a Inspiração sendo trazida para o círculo pela Deusa.


Os membros do Coven devem fazer poesias, ou cantar em homenagem a Brigit. Pedidos, agradecimentos ou poesias devem ser queimados na fogueira ou no caldeirão em oferenda, no fim do ritual. O Deus está crescendo e se tornando mais forte, para trazer a Luz de volta ao mundo. É hora de pedirmos proteção para todos os jovens, em especial da nossa família do Coven. Devemos mentalizar que o Deus está conservando sempre viva dentro de nós a chama da Saúde, da coragem, da ousadia e da juventude. O altar deve ser enfeitado com flores amarelas, alaranjadas ou vermelhas. A consagração deve ser feita pelos membros mais jovens do Coven.



Fonte Livro das sombras

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Um copo de Água




Uma vez uma pessoa começou a meditar sobre a morte e então chegou à conclusão que nada em nosso universo não existe nem o fim nem o inicio, pois até os objetos inanimados estão vivos, porque viver é vibrar e todos os seres inanimados estão vibrando como nós. Então seria a morte uma passagem para um novo momento, uma troca de receptáculo no caminho da evolução.
Pois nem tudo para existir pode ser visto, muitas vezes apenas sentimos então o espírito não pode ser visto. Porém sabemos que ele existe, a radiação ultravioleta existe, mas não pode ser vista pelos olhos humanos, os átomos existem e também não podem ser vistos, existem sons com tão baixa freqüência que nossos ouvidos não podem escutar e não por isso deixam de existir.


Às vezes temos que acreditar naquilo que não pode ser comprovado em razão de que somos apenas humanos, ou estamos vestidos com trajes de carne, os mesmos encarceram algo muito maior que é a nossa essência.  Portanto não existe a morte o que existe é a transformação, já que quando quebramos uma xícara de chá, o receptáculo se quebra que é a xícara, porém o chá derramado no chão sempre será chá. Por isso podemos dizer que iremos para outros receptáculos a procura de aprimoramentos para que nós possamos obter a verdadeira  evolução.

Arievilo Asobrab

terça-feira, 11 de junho de 2013

O bêbado e o equilibrista




Um dia duas pessoas conversavam sobre a espiritualidade, a primeira disse: não existe o mundo espiritual, pois somos matéria e por isso apenas acredito na materialidade da vida. Eu acredito apenas no que posso sentir ou ver e não acredito em nada que não seja comprovado cientificamente, o resto para mim são mentiras para amealhar o dinheiro de outras pessoas, eu acredito no agora e prego o bem quando ele me convier.
A segunda pessoa ficou abismada com a animalidade apresentada pela primeira, e começou a dizer que a vida era abstrata e que as pessoas vivem num mundo cercado por vários mundos inclusive o mundo espiritual. Ele disse que leu um texto que dizia o seguinte: uma vez um médico espiritualista encontrou um astronauta ateu, o astronauta disse: eu viajei até o espaço e chegando lá não vi nem deus, nem o céu e nem os anjos. Então o medico respondeu o seguinte: eu sou um neurologista e já  abri a cabeça de muita gente porém  nunca vi nenhum pensamento.
Então a primeira pessoa disse:  e daí?
Daí que nem tudo que existe no nosso mundo pode ser visto e sentido, pois somos seres limitados em nossos sentidos primordiais, porém podemos ver através de nossos espíritos e assim mergulharmos mais fundo dentro de nós a procura do Deus vivo.

O que é esse tal do Deus vive?
Nós vivemos entre varias dimensões e as mais conhecidas são a da materialidade e a dimensão interna, esta ultima te liga ao mundo espiritual, na dimensão interna encontramos as mesmas forças  antagônicas que erguem e destroem e por isso sempre estão em luta. Porem lá existe também uma das duas pernas do compasso, o nosso eu sou, a nossa parte de nos liga a outra perna que seria o próprio Deus, por isso o eu sou é uma centelha divina que existe dentro de nós e representa o guia para a evolução espiritual.
Se o mundo espiritual existe por que eu não o vejo?
Não vemos em razão de que as pessoas que vêem são indivíduos que conseguem projetar para fora do corpo físico a dimensão interna, como falei antes tem uma relação com o mundo espiritual mais estreita, porém podemos também afirmar que nem todo mundo esta pronto para ver o que anda ao nosso redor.
A ciência dos homens não é absoluta e por isso é apenas uma presunção, ela não explica tudo e todo o dia muda, as vezes devemos apenas sentir, pois o amor impessoal é a porta do crescimento espiritual. Toda vez que afirmamos que só acreditamos na materialidade nos mantemos presos e vagando entre a nossa agonia e egoísmo sem fim.

Não é vergonha acreditar que estamos aqui para aprender e cumprir nossas missões, pois o livre arbítrio existe  e o crescimento espiritual também.

Arievilo Asobrab